O uso de suplementos pode ser recomendado em qualquer fase da vida, trazendo inúmeros benefícios para a saúde em médio e longo prazo
Muitas pessoas ainda pensam que a suplementação alimentar é indicada somente para atletas de alto rendimento, idosos ou pessoas com alguma doença que requer o aumento do aporte de nutrientes. Mas isso está longe de ser verdade.
Além dos alimentos serem plantados em solos mais pobres, os quais não fornecem todas as vitaminas e minerais do tempo de nossos avós, a vida corrida muitas vezes nos impede de ingerir todos os macronutrientes, vitaminas e minerais apenas com a alimentação. Cada alimento em si, bem como a forma de preparo, influencia na quantidade total de nutrientes. É aí que entra a suplementação, para complementar os déficits da nossa dieta.
Uma ingesta adequada de macronutrientes (proteínas, carboidratos e gorduras) e micronutrientes (vitaminas e minerais) é essencial para o funcionamento adequado das células e, consequentemente, do metabolismo do nosso organismo, além de fortalecer nosso sistema imunológico e combater os radicais livres.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 190 milhões de pessoas no mundo apresentam carência de vitamina A, por exemplo, o que pode causar cegueira, baixa imunidade e falta de proteção contra radicais livres – responsáveis pelo envelhecimento das células.
Índice
Quando a suplementação é indicada?
Não existe limitação para o uso de suplementos; eles podem ser recomendados em qualquer fase da vida, mas seu uso deve sempre ser feito com acompanhamento de profissional de saúde habilitado e nunca como substituto da alimentação.
- Na infância: nutrientes como cálcio, zinco, magnésio, ferro, vitaminas do complexo B, carboidratos e proteínas auxiliam no crescimento saudável;
- Na adolescência: na transição para a fase adulta, pode ser necessária a suplementação de ferro, cálcio, vitamina C, vitaminas do complexo B, vitamina A, selênio e iodo;
- Na idade adulta: destaca-se a necessidade de suplementação de nutrientes como vitamina D, selênio, zinco e carboidratos;
- Vegetarianos estritos, por exemplo, devem tomar doses complementares de vitamina B12 para evitar a carência deste nutriente, que é encontrado primordialmente em produtos de origem animal;
- Uso crônico de medicações: alguns remédios causam como efeito colateral déficits vitamínicos específicos – como a metformina e B12;
- Gestantes: preferencialmente antes da gestação, as mulheres devem preparar estoques de determinadas substâncias que terão mais consumo. A suplementação na gestação é fundamental para evitar malformações fetais, em especial em relação ao ácido folínico;
- Doenças pré-existentes: pacientes que fizeram cirurgia bariátrica ou que apresentam doenças do trato gastrointestinal podem ter problemas na absorção de determinados nutrientes;
- Esportistas: esse é grupo no qual a suplementação tem por objetivo melhorar a performance esportiva, evitar lesões e excesso de radicais livres. Além disso, esse grupo costuma a ter maior demanda energética e proteica, geralmente não suprida só através da alimentação;
- Idosos: para esse público, a suplementação ganha ainda mais importância, pois com o envelhecimento, nosso corpo vai sofrendo alterações fisiológicas, como perda de massa, função e força muscular, causadas pela sarcopenia, além da diminuição da capacidade de absorver vitaminas, proteínas e minerais. Nessa fase da vida, a suplementação de nutrientes como vitamina, D, cálcio, vitamina K, ferro e proteínas costuma ser a mais indicada para evitar o desenvolvimento de doenças, lesões — principalmente fraturas ósseas — e garantir a qualidade de vida e a independência do indivíduo.
Mas por que não tomar um polivitamínico de farmácia?
Cada indivíduo é único e tem necessidades nutricionais diferentes. Temos que levar em consideração sexo, idade, composição corporal, genética, estilo de vida, hábitos alimentares, doenças pré existentes, nível de atividade física, entre outros fatores para definir as necessidades nutricionais e entender os décifits possíveis. Além disso, podemos solicitar alguns exames para investigar sintomas sugestivos de déficits nutricionais.
Quais os sintomas do paciente que precisa de suplementação?
Os sintomas podem variar bastante de acordo com o déficit nutricional em questão. Podemos citar algumas das queixas mais comuns:
- Cansaço crônico;
- Manchas brancas nas unhas;
- Palidez na pele e mucosas;
- Rachaduras na pele sem motivo;
- Pele seca e com descamação;
- Sangramento ou inflamação da gengiva;
- Perda de visão noturna;
- Câimbra nas pernas ou pés;
- Lábios rachados;
- Desejo de comer gelo ou outros alimentos não habituais;
- Alterações do humor – depressão ou ansiedade;
- Queda de cabelos e pêlos;
- Unhas fracas e quebradiças;
- Dores ósseas;
- Diminuição da libido e disfunção erétil.
Quais os benefícios da suplementação?
A suplementação alimentar atua de diversas maneiras no nosso organismo, dependendo do tipo de complemento em uso. Mas, no geral, ela traz benefícios como:
- Suprir carências nutricionais e complementar uma dieta alimentar insatisfatória;
- Contribuir para o equilíbrio do organismo;
- Favorecer o envelhecimento saudável e melhorar a qualidade de vida na terceira idade;
- Melhorar o desempenho de algumas funções do organismo;
- Melhorar a imunidade;
- Melhorar o desempenho em atividades físicas;
- Melhorar o desempenho cerebral e cognitivo;
- Repor energia e nutrientes que auxiliam na redução da perda de massa magra e de força muscular;
- Promover o ganho de peso;
- Ajudar no emagrecimento.
Como vimos, a suplementação auxilia na manutenção da saúde em todas as fases da vida, ajudando a reduzir o risco de desenvolver diversas patologias e melhorando a qualidade de vida como um todo, dando mais disposição, saúde e energia.
Na medicina com abordagem integrativa e integrativa, a suplementação é bastante utilizada para reajustar o equilíbrio do organismo, pois muitas doenças podem ter como origem a falta de nutrientes, inclusive condições graves.
A suplementação, dentro de um contexto de saúde holística, deve estar sempre acompanhada de mudança de hábitos, orientações para uma alimentação mais balanceada, hidratação adequada, a prática regular de atividade física e o gerenciamento do estresse físico e mental. Não existe saúde só com suplementos, se todos os outros fatores forem deixados de lado.
Se você quer saber mais sobre a melhor suplementação para o seu organismo, agende uma avaliação com a Dra. Talita Ferreira.
Fontes:
Harvard Medical School
Medscape
World Health Organization
European Journal of Nutrition