Fale conosco pelo WhatsApp

Vitamina D: Para que serve? Quais são as fontes?

Vitamina D: Para que serve? Quais são as fontes?
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

O hormônio é responsável por desempenhar diversas funções importantes em nosso organismo, agindo inclusive na prevenção de doenças

A vitamina D, também conhecida como calciferol, era antigamente classificada como vitamina, porém é atualmente considerada um hormônio esteroide, por ser produzido pelo nosso corpo.

No Brasil, mais de 60% da população não tem níveis de vitamina D adequados, sendo o valor mínimo aceitável de 30 ng/dL, que está longe de ser um valor considerado excelente. Em países de invernos mais rigorosos, a porcentagem de pessoas com deficiência desse hormônio é ainda maior.

Por que a vitamina D é importante para o organismo?

A vitamina D tem papel importante para:

  • Auxiliar na absorção de cálcio e fósforo, fortalecendo ossos e dentes;
  • Auxiliar no funcionamento dos sistemas imunológico e muscular;
  • Reduzir a inflamação no organismo, combatendo assim doenças autoimunes como psoríase e lúpus, por exemplo;
  • Auxiliar no processo de divisão celular e regulação de mais de 2500 genes;
  • Auxiliar na prevenção de doenças, como pressão alta e diabetes;
  • Melhorar a saúde mental, diminuindo o risco de demências e auxiliando no tratamento de transtornos de humor como a depressão.

Como a vitamina D é obtida?

A vitamina D é obtida naturalmente pela exposição solar, que deve ser feita diariamente, por cerca de 10 a 15 minutos, sem o uso de qualquer tipo de protetor solar, com a maior parte do corpo exposta e no período de maior incidência de raios UVB — entre às 10 e 14h —, sempre respeitando o limite de tempo recomendado.

Como a vitamina D é formada no organismo?

Por meio do colesterol que é consumido por intermédio dos alimentos, nosso corpo produz uma substância chamada 7-dehidrocolesterol, que fica depositada nas células da pele. Ao nos expormos à luz solar, ela se transforma em vitamina D3 (colecalciferol). Em seguida, esta vitamina D3 é transportada para o fígado, onde passará por um processo de metabolização, sendo transformada em calcidiol (25-hidroxivitamina D). O calcidiol é a forma que o corpo usa para armazenar a vitamina D.

Quando o nosso corpo precisa utilizar esse hormônio, o calcidiol armazenado é levado até os rins, onde passa por um novo processo de metabolização, transformando-se em calcitriol, que é a forma ativa da vitamina D.

Outras fontes de vitamina D

A vitamina D também pode ser obtida por meio da alimentação, embora em menores quantidades. Ela está presente nos seguintes alimentos:

  • Peixes gordos como atum, salmão e sardinha;
  • Ostras;
  • Gema de ovo;
  • Bife de fígado;
  • Cogumelos.

Quando a alimentação não é suficiente e a exposição solar diária não é realizada, a melhor forma de obtenção dessa vitamina é por meio da suplementação.

É fundamental que a suplementação desse hormônio seja feita com a supervisão de um profissional, pois, assim como a falta, o excesso de vitamina D pode trazer riscos à saúde.

Embora seja muito raro, o excesso desse nutriente pode causar enfraquecimento dos ossos, pedras nos rins e até arritmia. Alguns sinais indicam o excesso de vitamina D no organismo, como: falta de apetite, náuseas, vômitos, aumento da frequência urinária, fraqueza, pressão alta, sede, coceira na pele e agitação.

O que acontece quando há deficiência de vitamina D no organismo?

Um dos principais riscos da hipovitaminose D é a desmineralização óssea, o que aumenta a fragilidade dos ossos e as chances de desenvolvimento da osteoporose, podendo resultar em fraturas.

Embora muito se comente sobre os riscos da falta de vitamina D, principalmente entre os idosos (devido à osteoporose), em crianças, a falta de vitamina D pode promover uma mineralização óssea inadequada, o que leva ao desenvolvimento do raquitismo, com retardo no desenvolvimento e deformidades no esqueleto, como membros curvados. Já os adultos podem desenvolver um quadro chamado osteomalácia. Essa doença leva a um defeito na mineralização da matriz dos ossos, deixando-os mais frágeis e quebradiços.

Além disso, níveis insuficientes de vitamina D no organismo podem causar:

  • Depressão do sistema imunológico e infecções de repetição;
  • Aumento do risco de diversos tipos de câncer;
  • Problemas ósseos;
  • Problemas cardiovasculares;
  • Agravamento de doenças psiquiátricas;
  • Agravamento de processos autoimunes;
  • Aumento do risco de obesidade.

Alguns pacientes podem apresentar fatores que dificultam a metabolização da vitamina D e podem levar à sua deficiência, como:

  • Doenças do rim e do fígado;
  • Fibrose cística;
  • Doenças intestinais, como Crohn;
  • Doença celíaca e outras síndromes intestinais disabsortivas;
  • Cirurgia de redução de estômago;
  • Uso crônico de medicamentos como laxantes, corticoides, estatinas para diminuir o colesterol, anticonvulsivantes, rifampicina etc.;
  • Ser negro — a pele mais escura produz menos precursores cutâneos de vitamina D.

Sintomas da falta de vitamina D

Alguns sinais nos ajudam a perceber quando os níveis de vitamina D podem estar abaixo do adequado. Os principais são:

  • Fadiga e prostração;
  • Dores nos ossos, nas articulações e nos músculos;
  • Fraqueza muscular;
  • Queda dos cabelos;
  • Dificuldade de cicatrização de feridas na pele.

Mas nem sempre esses sintomas estão presentes. Por isso, o ideal é procurar um médico para que ele solicite, periodicamente, um exame chamado hidroxivitamina D ou 25(OH)D, feito por meio de uma coleta de sangue, para avaliar os níveis da vitamina D no organismo.

Os níveis ótimos de vitamina D são entre 60 e 100 ng/mL.

Manter os níveis de vitamina D equilibrados no organismo é essencial para manter a saúde. Como em muitos casos eles só são alcançados com o uso de suplementos, estes só devem ser consumidos dentro de um programa de orientação nutricional, uma das vertentes abordadas pela medicina integrativa.

Você quer saber como estão seus níveis de vitamina D, outros hormônios e vitaminas? Agende uma avaliação com a Dra. Talita Ferreira.

Fontes:

Journal of Endocrinology and Metabolism

Revista Nutrients

PebMed

Índice